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Image by Rhema Kallianpur

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  • Foto do escritor: Rodrigo Ramos
    Rodrigo Ramos
  • 30 de jun.
  • 4 min de leitura
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Se cuida pra você não pirar. Diz o amigo! Muita saúde, paz é o que o pessoal, gente boa, deseja pra você no dia do aniversário, saúde do corpo e da mente. Agora como faz isso, né? Tem jeito não, tem que fazer exercícios, comer vegetais, não tomar refrigerante, não usar drogas. Eu sou péssimo em seguir conselhos desse tipo, não entendo porque as coisas que fazem mal pra gente têm em abundância no mundo.

Não tô muito bom em raciocinar coisas fora da minha bolha. Só consigo pensar até ali, sabe? Não penso direito em coisas que não são essenciais pra minha vida. Por exemplo: eu tenho problema com sono, então tento me exercitar quando chego do trabalho, também pra não atrofiar sentado no sofá (cadeiras) e pra que meu cérebro não derreta na frente das telas, múltiplas telas que uso todos os dias. Enfim, penso em me cuidar nesse sentido, então isso tem importância, mas eu cheguei num ponto que preciso de algum fármaco para resolver meu problema insone, sou mais um que faz parte das estatísticas do mundo perverso e pós-moderno, chegando a, sei lá, que outra coisa: O Mundo Cansado, Atravessado, O Planeta Lama, A Sociedade Psicopolítica, A Necropolítica do Cotidiano, A Alienação Profunda, A Aceleração em Massa, O Esborrachamento Coletivo, A Boca Estourada, O Amor Mercantil... O meu tempo indo pro espaço e eu sem fazer nada, só pensando em ganhar dinheiro e contas e pague e nada mais importa, o que será que importa?

Dizem que é a família, eu tenho pouco contato com meus familiares, a gente se afastou muito com o tempo, então, no meu caso, fodeu, porque se o que importa é isso, eles são meus contatos virtuais. Tem gente que diz que o que importa é o amor, daí eu tô lascado, porque já desiludi muita gente com minha loucura, por menos, eu acabei fantasiando amores com gente que me fodeu na bagaceira toda e pensando em me desenganar, entrei em coisas cada vez piores, cavando e escavando buracos nas profundezas do inferno que é essa coisa chamada amor... Então não pode ser isso! Daí vem Jesus, Deus, Alá, essas coisas, Buda é legal, mas não tem nenhuma mulher nisso daí? Tem: Saraswati, gosto dela, uma vez eu pirei numa mulher com a camiseta dessa deusa, anos depois eu estava lá namorando ela, a mulher (uma semideusa, vai...) e, olhando pra trás, acho que foi minha relação mais tranquila! A gente não insistiu porque eu era absolutamente volúvel, inconstante nas minhas relações. Com Deus, no meu caso, funciona muito parecido... Fico me perguntando como que Deus pode ser um cara tão maluco a ponto de castigar a maior parte do planeta e deixar todo recurso na mão do Elon Musk, do Saverin, os caras têm mais dinheiro do que Portugal. Pô caras, não precisa, daí deixar um monte de gente passando fome aqui em Diadema, não preciso ir muito longe, Palestina é triste, trágico, choro, mas Diadema, meu amigo, também é, a cidade quando chove vira pura bosta. Fica o centro da cidade alagado e fedendo, imagina, é o centro! Quem dirá a periferia que cerca ela, ninguém sabe o que fazer, tá todo mundo perdido, gasta, portanto, com o que quer... Escolhe, né? Será que Deus faz isso? Escolhe quem ele quer ajudar e em qual momento? Porque tem hora que eu me sinto ungido, honrado pelos deuses e agradeço Maria, Oxalá, todo mundo! Obrigado meu Deus! Falo isso com alguma frequência, mais até do que pelo amor de Deus, essa última daí eu falei pra síndica do prédio que eu moro, quando as novas multas foram aplicadas, segundo o novo regulamento, feito por um advogado que paguei também, em rateio, as multas vieram em novo formato e de valores exponenciais, na verdade, vai dobrando cada vez que eu faço uma cagada e não precisa ser muita não, como não tinha antes e eu só aprontava, agora se eu arrotar na janela, eu pago com uma tira de coro. Penitências, gente, eu tô sofrendo com isso. O problema é que o pessoal não faz um pio, ninguém. Com exceção de uma casa, com idosos acamados, ao lado do prédio. Eita! Essa daí faz eu repensar nas coisas de Deus, eu espero mesmo que ele guarde por nós, tem hora que me dá medo, enfim, nessa casa de velhinhos e velhinhas, pode sair qualquer tipo de barulho. Fica a madrugada inteira uma senhora lá gritando pra valer! Foda!

Eu não sei como o pessoal não comenta. Temor a Deus, penso, é ele falando com a gente que a coisa pode ficar feia, meus amigos e amigas. Comportem-se!

Nessas horas eu lembro de Freud, apavorando a galera, ele lá com um câncer na boca, fumando loucamente, dizendo que Deus é uma espécie de fantasia infantil, simulando a proteção paterna, materna, enfim, algo criado para fugirmos do desamparo absoluto que nos provém, naturalmente... Se a gente for racionalizar, ninguém sabe, nunca soube e nunca saberá que porra é essa! Exceto se alienígenas esclarecidos venham contar alguma coisa diferente do que a gente já não sabe, a gente vai continuar não sabendo e vamos desaparecer do universo nessa. O bom é que essa coisa é real e tem alguns prazeres nela. Aproveitem! No momento eu prezo pela minha segurança, para que meus inimigos não queiram me morder pelos erros que cometi no passado, rezo pra não tomar multas devido a arrotos colossais e peço que Deus consiga me ajudar a conservar a saúde que me resta. Tenho alguma fé, em alguma coisa que não sei o que, que me faz seguir, não sei pra onde, porque tem coisa que vale a pena.

 
  • Foto do escritor: Rodrigo Ramos
    Rodrigo Ramos
  • 30 de ago. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 20 de mai.

Esse pequeno pedaço da minha vida chamado: correria.




 
  • Foto do escritor: Rodrigo Ramos
    Rodrigo Ramos
  • 4 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

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Existe um tempo longo que não paro pra escrever doidices. Eu, provavelmente, desaprendi a escrever, porque tudo que faço passa por dois filtros chamados GPT e Coordenação Pedagógica, ou seja, todos os meus textos são corrigidos por uma máquina e criticados pela minha chefia. Simplesmente não existe nenhuma liberdade criativa, nem pra cometer algum erro estúpido de português, afinal é praxis cometer erro de português, faz até bem para o espírito. 


Lembro de fazer isso como se fosse um diário de bordo. Escrevia toda hora sobre as coisas da minha cabeça e você bem sabe (pessoa que lê alguma coisa) que a gente pode imaginar infinidades de esquisitices. Cheguei para o colega que trabalha ao meu lado, a gente de fone no ouvido, claro, eu ouvindo música instrumental, não é que eu não goste de música cantada, a canção faz parte da minha vida, mas é que eu acho vocalista um nojo… Enfim, o som é de um cara que mistura música clássica com música eletrônica, ele faz isso sozinho e vira uma baita sonzeira, várias coisas no ar, trem bom, sonzaço, eu contei a novidade para o colega e ele me disse que isso era normal. Taquipariu! A gente não se impressiona com mais nada, a lua fica laranja e que se foda. 


Falando nisso, quer dizer, escrevendo sobre: e que se foda - disse ela… Foi o maior trauma afetivo de toda minha vida, nunca vi uma pessoa com uma ambivalência tão pesada, não era por causa de bebida, nem por causa de droga não, a gente evita esses assuntos, porque paliativo faz parte do negócio, afinal sem alguma coisa ninguém suporta, acontece que não era decorrente disso, era personalidade mesmo. A bichinha é arretada até demais, eu ficava maluco. E não entendo como estágios de caridade, carinho, massagem, cuidado podem se tornar com tanta facilidade em processos melancólicos e agressivos. De todo jeito, penso que, todo mundo sofreu, haja sofrência! 


O sorriso vai ficando raro. Quem ri é, sem sombra de dúvidas, fingido, mentiroso, ou só um idiota mesmo. Não ligo de fazer esse papel, principalmente para crianças e adolescentes, vejo uma coisa tão bonita na moçada, essa parada de se impressionar. Eu sei que tô impressionado quando fico escutando a mesma música no talo, lá dentro do meu ouvido, sem parar, o dia todo. Significa que fiquei impressionado com a coisa sonora. Aliás, fiquei impressionado com tamanha aflição que o amor pode nos causar! Nunca mais quero ouvir aquela voz estridente, horrível, horrenda, vomitativa, berrando na minha orelha, a próxima, por favor, deguste com a língua o meu pavilhão auricular. 

 
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